sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Cruzada das Borboletas


Minhas asas velhas estão quase todas soltas, é renovação, um novo ano, um novo tempo. Assim acontecem todos os anos, a cada doze meses desde que me entendo por gente, são as “asas em escamas”, como o ciclo de vida das borboletas. Nessas escamas deixo a arrogância, a intolerância e a incapacidade de ser alguém melhor. Estou rompendo o casulo a fim de me libertar dele e iniciar um novo vôo. Este ciclo quando lagarta teceu o seu casulo pouco a pouco, progressivamente, a futura borboleta em compensação não pode libertar-se dele da mesma forma, procedendo progressivamente. Desta vez tem de congregar força suficiente nas asas para conseguir romper, de uma assentada, a sua gola de seda.

A gola de seda é precisamente a última prova e à força que ela exige que a borboleta acumule nas suas jovens asas, que desenvolve a musculatura de que terá necessidade depois para voar.

Nunca rompa um casulo antes da sua metamorfose natural, romper o casulo em seu lugar, resultará o nascimento de um lepidóptero (nome científico), totalmente incapaz de voar. Não terá conseguido utilizar a resistência da sua sedosa prisão para construir a força de que teria necessidade para subtrair-se e lançar-se ao novo ciclo.


Bjão
MRebouças

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